quando o sol se põe, o que em você se vai?

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a solidão tem me encontrado nesses últimos dias
acompanhada das cores do pôr-do-sol
de que recebo um convite
para deixar arder em chamas
aquilo que não é mais

e se eu recebo o convite
aceito
e levo junto a solidão\ talvez não esteja só
talvez a solidão
seja a morte da identidade
que acreditei fixa por tanto tempo
pensando ser a minha

e a chegada de um vazio
que não pede nada
e então eu não coloco nada\ no lugar

é a solidão de perder tanto
tanto
e se acabar em perdão
e ainda caber levar comigo na travessia quem conceituou perdão com essa poesia toda

uma perda gritante

eu perco a mim mesma
a vítima que cultivei por longo tempo
vislumbrando como companhia
todas as outras vítimas

mas sempre me senti só\

e agora
que se desfaz uma das vítimas\ em mim

sinto solidão

e deixo
a solidão percorrer o meu corpo cansado
minha mente fixa
tudo
o que de repente se torna
ou encontra
o vazio
solidão
entretanto óbvio e surpreendente
percorre todos os espaços
o vazio da solidão de cada um
com amor
que como o sol
clareia a noção de que nada é por si, só